Com funcionam os óculos 3D?
Os efeitos em três dimensões não são nenhuma novidade. A tecnologia já havia sido utilizada nos cinemas na década de 50 e, embora tenha evoluído significativamente, o princípio de formação das imagens 3D permanece sendo o mesmo.
Esse fenômeno é conhecido como estereoscopia e pode ser experimentado, com muitas limitações, mesmo a olho nu. Porém, a experiência vale apenas como curiosidade já que muito provavelmente ninguém aguentaria ficar quase duas horas forçando as vistas dessa maneira.
Por potencializar o olhar do ser humano, para que os óculos funcionem de maneira satisfatória é preciso que imitem da melhor forma possível nosso jeito de enxergar. Assim, se você colocar um par de óculos na vertical, embora receba as mesmas imagens muito provavelmente não conseguirá ver nada em três dimensões.
Existe um padrão?
Basicamente os óculos 3D podem ser polarizados de duas formas: circular e linear. No primeiro caso, enquanto um olho recebe a imagem e a interpreta no sentido horário o outro faz o mesmo processo no sentido anti-horário. Já na polarização linear um olho recebe a imagem no sentido vertical e o outro no sentido horizontal.
Basicamente os óculos 3D podem ser polarizados de duas formas: circular e linear. No primeiro caso, enquanto um olho recebe a imagem e a interpreta no sentido horário o outro faz o mesmo processo no sentido anti-horário. Já na polarização linear um olho recebe a imagem no sentido vertical e o outro no sentido horizontal.
Parece complicado, mas não é. Ao receber uma imagem ela precisa estar polarizada da mesma forma. Do contrário, a sensação que você terá é a de estar vendo imagens embaralhadas, como se estivesse sem óculos.
E é justamente entre essas duas formas de polarização que surge a necessidade de uma padronização. No Brasil, a maioria das salas de cinema com projeção 3D disponibilizam óculos de polarização circular. Nos EUA, da mesma forma, há salas com os dois tipos de polarização.
No caso do mercado de home vídeo, os óculos de polarização circular podem não ser a melhor escolha. Isso porque a forma de projeção das imagens dos aparelhos de TV LCD utiliza uma varredura progressiva, no sentido vertical e, portanto, linear.
O futuro dos óculos 3D
Os óculos 3D utilizados nas salas de cinema do Brasil são recicláveis. Ou seja, ao serem usados eles vão para uma máquina onde são esterilizados e voltam para os próximos espectadores em outra sessão. Isso é feito para evitar a transmissão de possíveis doenças, como a conjuntivite.
Alguns especialistas defendem que cada usuário deve ter o seu próprio par de óculos. Nos Estados Unidos, por exemplo, já é comum encontrar espectadores que levam o seu próprio par ao cinema, garantindo maior segurança à saúde. Muitas salas de lá descartam os óculos depois do uso.
Porém, em termos estéticos, aqueles óculos grandes com armações de plástico nem de longe se constituem uma opção a ser considerada por um usuário que queira carregá-lo dentro de uma caixa pequena ou mesmo pendurado na camisa.
Pensando nisso, algumas empresas já desenvolvem modelos mais próximos às armações utilizadas em óculos de grau ou óculos de sol. O visual é claro, não deixa em nada a desejar e dá até vontade de sair para passear com eles no rosto.
Mesmo os produtos com armações de plástico têm ganhado versões ecológicas, constituídas de materiais biodegradáveis de ácido poliático. Caso sejam inutilizados, a incineração deles - procedimento padrão - não libera CO2 na atmosfera.
Há a necessidade de se criar um padrão?
Como toda tecnologia em desenvolvimento, há a necessidade de muita pesquisa e de testes de aceitação junto ao público. A adoção de um padrão seria mais um ponto positivo na tentativa de popularizar o formato 3D e, cedo ou tarde, deve acabar acontecendo. Afinal, como cada fabricante possui um óculos diferente, adquiri-lo separadamente se tornará uma tarefa árdua.
Por outro lado, em termos de segurança e saúde, há que se pensar sob dois aspectos: as doenças transmissíveis, oriundas de uma possível reutilização inadequada de óculos mal-esterilizados; e também quanto ao conforto do espectador, uma vez que ao menos para as telas de cinema, a polarização na linear mostrou-se muito mais confortável.
Da mesma maneira, a forma de emissão de imagens das telas LCD e LCD com tecnologia LED, é linear. Mudá-las seria algo muito mais complicado do que convencer os usuários a se adaptarem à realidade de que nem sempre os mesmos óculos ideais para assistir a TV poderão ser utilizados nos cinemas.
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